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Notas e provas nas faculdades, como funcionam?

Sumi daqui por um tempo, verdade?
Tudo muito corrido, alguém me disse uma vez que a vida de doutorando não era brincadeira, rs…
Além de tudo no laboratório, minha pesquisa, tem as aulas que dou, e outra, os exames dos alunos. 
Então aproveito e conto um pouquinho como funcionam.
Esse post cairia muito bem naquela série “Por aqui é diferente”. 🙂
Por aqui as provas, ou exames, na faculdade, funcionam de uma forma diferente da do Brasil.
Começando pelas notas, nota = voto. O voto máximo é 30, para passar, ou seja, a nota “azul” vai a partir de 18. 
Tem ainda o famoso “30 e lode”, o 10 com louvor, pra gente… Mas esse tipo de nota é mais utilizada nas defesas de teses de faculdades e doutorados, não nos exames comuns. 
Na faculdade aqui de Roma, tem o primeiro exame ou o primeiro “appello”. O aluno deve se inscrever para fazer a prova. No dia tem 2 horas para fazê-la e ainda pode escolher de entregar ou não (retirar). Os alunos que entregarem a prova e conseguirem mais de 18 podem agendar a prova oral. 
Sim, tem prova oral. E leva no minimo meia hora, um bombardeio de perguntas. Damos uma folha e caneta para o aluno, caso precise esboçar formulas, gráficos, etc…
Tive que me preparar para poder avaliar os meus alunos, e foi um estresse só…
Duas semanas depois, mais ou menos, tem outro “appello”, última oportunidade.  E da mesma forma, quem for bem deve se inscrever para a última prova oral e assim, garantir voto suficiente para passar na matéria.
Acho interessante a possibilidade de fazer outra prova, pois quem fez o primeiro appello, não agendou a oral e quer fazer o segundo appello pra ver se tira uma nota maior, pode. Mas o seguinte, se entregar o segundo appello a nota que valerá sera deste, anulando a primeira. Então só entrega quem tem certeza que foi melhor que a primeira prova, pra não sair no prejuízo.

Nada fácil,  não? 

Pois a maioria dos cursos universitários aqui são integrais, os alunos tem uma infinidade de matérias, consequentemente, uma infinidade de provas escritas e orais a serem superadas…. 
Os alunos sofrem e os professores também!
Por enquanto é isso. Espero no próximo mês ter mais tempo para escrever aqui.
Baci a tutti.

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0 Comentários

  • Carla, nunca escrevi no seu blog, mas já venho o acompanhando faz um tempinho.
    Adoro as dicas e curiosidades que vc posta.
    Enfim, acabei utilizando-as muito quando estive aí, na Itália, pela segunda vez, em janeiro deste ano. Fiz um intercâmbio de 40 dias, para aperfeiçoar a língua, já que estudava italiano aqui no Brasil, e, com certeza, várias dicas foram valiosas. Principalmente em relação às compras e contas, já que o meu namorado está morando aí e não sabíamos quanto gastaríamos com isso.
    Continue assim, sempre que tenho tempo dou uma passadinha aqui.
    Sucesso e aproveite tudo o que a Itália tem a te oferecer!
    Beijos!

  • Bem legal, Carla!
    Até hoje nao consegui fazer uma "equivalencia" a titulo didatico entre o ensino superior do Brasil e da Italia. Até mesmo o Ensino Médio é dificil de explicar para um italiano como é no Brasil.
    Outra coisa: sempre odiei prova oral 🙂 E aqui nao tem como escapar. Tem professor que escuta e avalia no final, outros que interrompem com ar arrogante e acaba desestabilizando o aluno.

  • Olá, só consultando as universidades para saber grade horária e tudo o mais. Lembrando que mesmo sendo cursos integrais nem sempre as aulas são presenciais, isso facilita pra quem precisa também trabalhar.

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